Capítulo 14: Métrica Boa Não Serve Só para Slide

Por Cesar Zanis

"Métrica boa mostra o caminho. A ruim só enfeita o dashboard."

Tem indicador que existe só para deixar o slide bonito. E tem métricas que realmente ajudam a decidir o que fazer. Adivinha qual move um time? Spoiler: não é o gráfico colorido que ninguém entende.

Já vi métrica tão mal pensada que fazia o time esconder o problema: bug maquiado, estimativa não atualizada, tarefa empurrada para o próximo sprint só para não estragar o burn down. Se a métrica cria medo, ela não está ajudando. Virou armadilha com cara de gestão.

Outro dia escrevi e vale repetir: "A métrica errada bem otimizada só te leva mais rápido na direção errada." E é isso. Você pode estar correndo... mas para o lugar errado.

Métrica boa responde pergunta real: Essa funcionalidade valeu a pena? Essa mudança melhorou o fluxo? Essa sprint reduz retrabalho? Se não responde nada disso, é só decoração de dashboard.

Quer um exemplo prático?

Quer simplificar ainda mais? Use o conceito do One Metric That Matters (OMTM): Escolha uma métrica crítica que realmente mova o ponteiro e foque nela por um ciclo.

Exemplos de OMTM:

Focar em uma métrica principal não significa ignorar o resto. Significa ter clareza sobre o que importa agora.

Métrica boa faz duas coisas: mostra para onde ir e dá segurança para o time expor o que não está funcionando.

Checklist de Métrica com Propósito:

  • Esta métrica guia decisões ou só mostra movimento?
  • Ela ajuda a prevenir ou só explica o passado?
  • O time entende e usa, ou só apresenta no status report?

Se você marcou mais "não" do que "sim", é hora de mudar o que está medindo.

Se ninguém usa a métrica para decidir, ela não é métrica. É um enfeite.